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 Usando essa técnica, a equipe de pesquisa analisou 28 tubarões-da-Groenlândia, a maioria deles encontrada morta em redes de pesca. Eles determinaram que uma fêmea de cinco metros de comprimento era extremamente idosa. A datação por radiocarbono não fornece datas exatas, mas acredita-se que essa fêmea possa ter morrido aos 272 anos ou ter vivido até os 512 anos. No entanto, estima-se que sua idade real seja em torno de 400 anos.

Essa descoberta surpreendente também revela implicações importantes para a conservação desses tubarões. A equipe de pesquisa sugere que esses animais podem levar cerca de 150 anos para atingir a maturidade sexual, o que significa que são extremamente vulneráveis à pesca excessiva. Devido ao valor comercial de seus fígados, que eram usados para a produção de óleo de máquinas, esses tubarões foram caçados em grande escala no passado. Somente após o desenvolvimento de alternativas sintéticas o consumo diminuiu.

Nielsen destacou a escassez de fêmeas em idade reprodutiva e o baixo número de recém-nascidos e indivíduos juvenis encontrados. Ele explicou que a pesca excessiva após a Segunda Guerra Mundial pode ter sido responsável pela redução desses tubarões mais velhos, deixando uma população composta principalmente por indivíduos subadultos. Estima-se que levará mais cem anos para que esses tubarões se tornem sexualmente ativos.

Essa pesquisa pioneira revela os segredos da longevidade dos tubarões-da-Groenlândia, destacando a importância de medidas de conservação para garantir a sobrevivência desses animais incríveis. Com novos conhecimentos sobre sua biologia e ciclo de vida, os esforços para proteger e preservar essas espécies únicas podem ser aprimorados, proporcionando um futuro mais promissor para os tubarões-da-Groenlândia no oceano.

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