Os anéis de Saturno são compostos principalmente de gelo, com apenas uma pequena porcentagem de poeira rochosa proveniente de fragmentos de asteroides e micrometeoroides. A Cassini foi capaz de coletar 163 grãos de poeira cósmica que se originaram de fora do sistema de Saturno enquanto giravam em torno do planeta. Essa poeira cósmica é um indicativo de quanto tempo os anéis existem, e os pesquisadores descobriram que os anéis de Saturno eram surpreendentemente "limpos", sugerindo que não acumularam poeira cósmica o suficiente em sua história.
Enquanto os anéis se mantêm relativamente "limpos", a quantidade de meteoroides que colidem com eles empurra o material interno em direção a Saturno em um ritmo acelerado. A Cassini observou que os anéis estão perdendo muitas toneladas de massa por segundo, o que indica que eles têm um tempo limitado antes de desaparecerem, astronomicamente falando. Os pesquisadores estimam que os anéis podem durar apenas mais algumas centenas de milhões de anos, no máximo, reforçando a possibilidade de seu desaparecimento dentro de 100 milhões de anos, como sugerido em pesquisas anteriores.
A formação dos anéis de Saturno ainda é um mistério. A instabilidade gravitacional pode ter destruído algumas das luas geladas que orbitam o planeta, criando material suficiente para formar os anéis.
Essa descoberta adiciona uma nova dimensão ao estudo de Saturno e suas luas, e futuras missões para estudar esses corpos celestes podem revelar mais informações sobre a origem e evolução dos anéis. Os achados também destacam a importância da exploração espacial para entender os mistérios do sistema solar e sua história.