Michelle expõe nova possibilidade intrigante sobre o atentado contra bolsonaro em 2018

Michelle Bolsonaro levanta suspeitas sobre o atentado contra Bolsonaro em 2018
"Muita gente grande por trás"
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro reacendeu o debate sobre o atentado sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018. Em entrevista ao jornalista Alexandre Garcia na última sexta-feira (7), ela afirmou acreditar que a facada desferida por Adélio Bispo não foi um ato isolado.
“Ele não é um lobo solitário, tem muita gente grande por trás, mas como uma filha de Deus, temente a Deus, eu creio na justiça celestial. Nessa terra não tem como você plantar limão e colher um moranguinho doce. A gente tem a lei da colheita”, declarou Michelle, sugerindo que a investigação oficial pode não ter revelado toda a verdade.
Desde o atentado ocorrido em Juiz de Fora (MG), a narrativa oficial sustenta que Adélio Bispo agiu sozinho e que seu crime foi motivado por questões pessoais. No entanto, Michelle Bolsonaro questiona essa versão e reforça a tese de que há um esquema maior por trás do ocorrido.
O momento em que tudo mudou
Durante a entrevista, Michelle relembrou o impacto da notícia e como foi receber a informação de que Bolsonaro havia sido esfaqueado. Estando no Rio de Janeiro no momento do atentado, foi informada inicialmente de que o ferimento era superficial e que o então candidato já havia recebido pontos.
A tranquilidade momentânea, no entanto, não durou muito. Pouco tempo depois, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) trouxe informações mais alarmantes, revelando que a situação do pai era muito mais grave do que se imaginava.
A ex-primeira-dama descreveu o choque ao vê-lo no hospital, debilitado pela hemorragia interna causada pelo golpe.
“Eu não imaginava que iria encontrar o meu marido daquela forma. Ele realmente estava transfigurado, uma cor [estranha] porque perdeu muito sangue em uma hemorragia interna, quase dois litros de sangue (…) ele olhou pra mim com muita dificuldade para falar e disse ‘Mi, olha o que fizeram comigo’, e a lágrima escorrendo. Passei a mão na cabeça, dei um beijo na testa dele, e eu olhei para o teto do hospital e fiz uma oração”, relatou.
Adélio agiu sozinho?
A hipótese de que Adélio Bispo teria contado com o apoio de terceiros sempre gerou debates intensos. Apesar das investigações da Polícia Federal não terem encontrado indícios de um mandante ou grupo articulado por trás do crime, setores políticos e aliados de Bolsonaro nunca aceitaram essa conclusão.
Michelle Bolsonaro reforçou essa desconfiança e destacou que, para ela, há forças poderosas que ainda precisam ser responsabilizadas. Sua fala pode dar novo fôlego às teorias que apontam para a possibilidade de um atentado orquestrado por grupos políticos.
“Eu creio que essa justiça vai vir à tona, porque Deus não se deixa escarnecer. A verdade sempre aparece”, afirmou Michelle.
O impacto do atentado nas eleições de 2018
A tentativa de assassinato contra Bolsonaro foi um dos eventos mais marcantes da campanha presidencial de 2018. O ataque aconteceu em um momento em que sua candidatura ganhava força e consolidou a imagem de Bolsonaro como um sobrevivente, aumentando sua popularidade entre os eleitores.
Impedido de comparecer a debates e com dificuldades para cumprir a agenda de campanha, Bolsonaro apostou nas redes sociais para se conectar com seus apoiadores. A comoção gerada pelo atentado contribuiu para fortalecer sua base eleitoral e reforçar a narrativa de que ele era um candidato ameaçado por forças poderosas.
Repercussão política e novos desdobramentos
As declarações de Michelle Bolsonaro rapidamente repercutiram entre apoiadores do ex-presidente e setores da oposição. Enquanto aliados reforçam a necessidade de novas investigações, críticos afirmam que a ex-primeira-dama estaria apenas tentando manter viva uma teoria sem comprovação.
Nos últimos anos, diversos questionamentos sobre a real motivação do atentado foram levantados, mas nenhum deles resultou em uma reabertura oficial do caso. Com a fala de Michelle, a possibilidade de uma nova pressão por esclarecimentos ganha força.
Se há de fato "muita gente grande" por trás do ataque ou se as investigações realmente chegaram ao seu limite, ainda é uma questão sem resposta definitiva. No entanto, a ex-primeira-dama deixou claro que não pretende deixar esse episódio no passado.
A frase dita por Bolsonaro no hospital – "Mi, olha o que fizeram comigo" – continua ecoando como um mistério não resolvido.
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