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São João de Meriti,12/03/2025

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Sem medo de nada, General Braga Netto manda recado a Moraes e Gonet


Sem medo de nada, General Braga Netto manda recado a Moraes e Gonet
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Sem medo de nada, General Braga Netto manda recado a Moraes e Gonet

O general Walter Braga Netto rompeu o silêncio e respondeu de forma contundente às acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta trama golpista. Em sua defesa enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o militar classificou a denúncia como "fantasiosa" e deixou um recado direto ao ministro Alexandre de Moraes e ao procurador-geral Paulo Gonet.

A defesa de Braga Netto rejeitou qualquer envolvimento do general nos atos de 8 de janeiro ou em um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento destaca que o militar tem uma trajetória de 40 anos de serviços prestados ao Exército Brasileiro, sem qualquer mancha em sua reputação.

A declaração do general e seus advogados não apenas refuta as acusações, mas também questiona a legalidade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, peça-chave no processo. Segundo a defesa, Cid teria sido coagido a incriminar Braga Netto, comprometendo a credibilidade de seu depoimento.

Braga Netto rechaça denúncia da PGR e expõe falhas na investigação

A estratégia da defesa do general Braga Netto baseia-se em três pilares fundamentais: a falta de provas concretas, a ilegalidade da delação de Mauro Cid e a violação do amplo direito à defesa.

No documento enviado ao STF, os advogados destacam que a acusação contra o ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro é completamente "vazia" e carece de fundamentação jurídica sólida.

"A fantasiosa acusação lançada pela PGR não será capaz de manchar a honra e a trajetória de vida do general Braga Netto", enfatiza o texto.

Além disso, a defesa aponta que os advogados ainda não tiveram acesso completo às provas da investigação, o que configura uma violação ao devido processo legal.

“O conjunto excessivo de informação despejado nos diversos procedimentos que compõem o presente caso se mostra, ainda, totalmente desorganizado, a ponto de impedir a identificação da prova referente a cada alegação acusatória”, afirmam os advogados.

Essa argumentação pode reforçar a tese de que o processo contra Braga Netto está sendo conduzido de maneira arbitrária e parcial, o que gera preocupação no meio jurídico e militar.

Delação de Mauro Cid sob suspeita: "coação" da Polícia Federal

Outro ponto central da defesa de Braga Netto é o questionamento da delação premiada de Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tem sido peça-chave na estratégia da PGR para sustentar a tese de um suposto golpe de Estado.

No entanto, os advogados do general alegam que a delação foi obtida sob pressão, o que compromete sua validade.

“Fatos como estes levam a crer que o colaborador não agiu de forma voluntária, pois foi coagido pela PF a corroborar com a linha investigativa por ela sustentada, retirando toda a espontaneidade da declaração de Mauro Cid”, concluiu a defesa.

Se essa tese for comprovada, poderá abrir um precedente perigoso para a credibilidade de delações premiadas em investigações de alta repercussão.

Prisão de Braga Netto gera revolta entre aliados

Em dezembro do ano passado, Braga Netto foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A decisão gerou forte indignação entre militares da reserva e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A prisão do general foi vista como um ataque sem precedentes a um militar de alta patente, algo que elevou ainda mais a tensão entre o governo e setores das Forças Armadas.

Agora, com sua defesa formalizada e um recado direto a Moraes e Gonet, Braga Netto mostra que não pretende recuar diante do que considera uma perseguição política.

Repercussão e próximos passos

A declaração do general já repercute fortemente nos bastidores políticos e jurídicos. Para aliados de Bolsonaro, a acusação contra Braga Netto faz parte de uma estratégia maior para criminalizar o ex-presidente e sua base política.

A defesa do general continuará pressionando para que o STF reavalie o caso e assegure o direito à ampla defesa e ao contraditório. Nos próximos meses, a Suprema Corte deverá decidir se aceita a denúncia da PGR ou se arquiva o processo por falta de provas consistentes.

Independentemente do desfecho, Braga Netto já deixou claro que não aceitará ser tratado como bode expiatório de uma narrativa política. Seu posicionamento firme pode representar um divisor de águas nas investigações e no próprio cenário político nacional.


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