Theodoro Cochrane: Fim de Semana em São Paulo e o Passado de Lutas Pessoais
O final de semana passou, o descanso acabou, e a rotina volta à normalidade. Enquanto muitos aproveitam esses momentos para relaxar, alguns continuam em movimento. Entre eles, está o ator, apresentador e influenciador Theodoro Cochrane, que, após um período agitado, retornou a São Paulo na última semana. Filho da renomada jornalista e atriz Marília Gabriela, Theodoro chegou à cidade para apresentar, ao lado da mãe, a peça “A Última Entrevista”, que vem chamando atenção no circuito teatral da capital paulista.
Contudo, nem só de trabalho vive o homem. Como ninguém é de ferro, Theodoro aproveitou o fim de semana para curtir um pouco com os amigos. O local escolhido para isso foi o Funilaria, um bar localizado no tradicional bairro do Bixiga, conhecido por seu charme peculiar e sua atmosfera descontraída. O bar, que tem ganhado popularidade entre a classe média alta paulistana, é montado no prédio de uma antiga funilaria, mantendo uma decoração que mescla a estética industrial com um toque de “baixo orçamento”, o que o torna um lugar único na cidade.
Theodoro foi visto chegando ao Funilaria na noite de sábado, acompanhado de amigos próximos. Com seu estilo característico e carisma que o tornou um dos queridinhos das redes sociais, o ator parecia estar em casa. O ambiente do bar, com suas luzes baixas e música animada, contribuía para uma noite de diversão e descontração.
No entanto, nem tudo passou despercebido. O influenciador Wesley Silva, conhecido por estar sempre atento aos movimentos das celebridades, estava no local e flagrou Theodoro em uma atitude que chamou a atenção. Durante boa parte da noite, o ator foi visto segurando uma latinha, algo comum em um bar. Porém, ao invés de beber o conteúdo, Theodoro parecia apenas "baforar" o que estava dentro da lata. A situação intrigou alguns presentes, que notaram o comportamento do ator, que parecia estar muito à vontade e alegre, se divertindo com os amigos.
O flagra rapidamente chegou à coluna de Erlan Bastos EM OFF, gerando especulações sobre o que realmente estava acontecendo naquela noite. Theodoro, que tem um histórico de falar abertamente sobre suas batalhas pessoais, principalmente em relação ao álcool e drogas, é conhecido por não fugir de temas delicados. E este incidente trouxe à tona um assunto que ele próprio já abordou publicamente em outras ocasiões.
Recentemente, Theodoro participou do podcast “Desculpa Alguma Coisa”, onde fez revelações sinceras sobre seu passado e suas lutas contra o vício. Durante a entrevista, o ator falou sobre o que chamou de "vício cruzado", uma combinação de álcool e cocaína que, segundo ele, começou como algo recreativo, mas acabou tomando proporções maiores em sua vida.
"Descobri que eu teria o que é chamado de vício cruzado. Faz o padê [gíria usada para cocaína] e a cachaça, a cachaça e o padê, eventualmente. Era recreativo, uma vez a cada dois meses. A cachaça era uma vez por semana, tipo um gim-tônica”, contou o ator durante o podcast. O relato de Theodoro é de alguém que vivia um ciclo aparentemente sem fim, onde o uso dessas substâncias era visto como uma forma de diversão, mas que logo se tornava fonte de depressão durante a semana.
O ator descreveu como seu comportamento mudava ao longo dos dias: “Eu ficava ótimo. E é uma merda ser um bêbado ótimo porque todo mundo te adora, você não fica violento… Só que durante a semana eu ficava muito deprimido. Meu namorado dizia que não era justo. Que na sexta-feira e no sábado, eu era maravilhoso, meus amigos me amavam. Mas na terça eu queria matá-lo e na quarta-feira, eu queria me matar”, revelou, mostrando o impacto profundo que o vício tinha em sua vida pessoal e emocional.
Mas, apesar dos desafios, Theodoro conseguiu encontrar uma saída. Durante o podcast, ele relatou o momento em que percebeu que precisava mudar. "Teve uma hora em que caiu essa ficha em mim e falei: ‘vou parar’. Meu terapeuta chegou e falou: ‘Você parou, mas ninguém para assim’. Eu parei e começou a abstinência. Eu estava três meses sem beber e usar nenhuma droga quando chegamos a um diagnóstico. Meu terapeuta disse que eu tinha ciclotimia [transtorno raro de humor que intercala momentos de grande euforia e tristeza]. Comecei a tomar o medicamento certo e fazer a terapia encaminhada para isso. Um bom diagnóstico é salvador”.
O incidente no Funilaria, somado ao seu histórico, levanta questões sobre como Theodoro lida com esses desafios hoje. Enquanto alguns podem enxergar o flagra como algo suspeito, outros podem ver como uma oportunidade para discutir a importância do cuidado contínuo com a saúde mental e a recuperação de vícios. O que fica claro é que Theodoro Cochrane não esconde suas lutas, e talvez essa transparência seja o que mais cativa aqueles que o acompanham, seja nos palcos, nas telas ou nas redes sociais.